Uma discussão interminável sobre a necessidade de se distinguir entre interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transdisciplinaridade já preencheu milhares de páginas sem que se tenha chegado a um consenso. Não se discute, porém, a necessidade de formar tomadores de decisão e de consultores que tenham a capacidade de abordar problemas complexos, quando o conhecimento especializado não constitui o único requisito e onde a capacidade de abordagem holística é indispensável. Este artigo descreve a experiência adquirida durante uma década no Programa Internacional de Mestrado em Ecologia Humana, na Universidade Livre de Bruxelas (VUB), que se destina a preparar profissionais para atuar além dos limites de sua formação profissional. Os estudantes são oriundos de vários países e de variada formação profissional.
Palavras-chave: Interdisciplinariedade. Ecologia Humana. Ensino internacional de pós-graduação. Classes multiprofissionais.
Abstract
An interminable dispute over the need to distinguish between interdisciplinarity, multidisciplinarity, and transdisciplinarity has already filled thousands of printed pages, without an agreement being apparently reached. There is no dispute however over the fact that we need decision-makers and advisors with the ability to tackle complex problems and to face situations where specialized knowledge is not the only requisite but the capacity for holistic thinking is paramount. This article describes a method that has been tested for ten years at the Free University of Brussel’s Master Programme on Human Ecology to prepare students to perform beyond the limits of their own professional domain. The students enrolled in this program come from several countries in different continents, and from a variety of professional backgrounds.
Keywords: Interdisciplinarity. Human ecology. International post-graduate teaching, Multiprofessional classes.
Interdisciplinaridade:
fatos e mitos (1)
Este trabalho baseia-se em dez anos de experiência lecionando um curso sobre Rumos da Ecologia Humana no Programa Internacional de Mestrado em Ecologia Humana na Universidade Livre de Bruxelas (VUB), Bélgica.
Muitos estudantes buscam o Programa esperando especializarem-se em suas próprias áreas de conhecimento, ou aprender a encontrar respostas simples e receitas prontas para resolverem os problemas do mundo atual. Isto é claramente declarado ou está implícito em entrevistas formais, discussões informais e em trabalhos de classe e, em consequência, pode ocasionar desilusões e frustrações.
Na verdade, o objetivo do curso é desenvolver a habilidade de pensar de maneira holística sobre as situações e problemas complexos da vida real que resultam das interações do homem com o meio ambiente.
Minha tarefa principal é de mostrar como abordar problemas razoavelmente complexos no campo da ecologia humana, envolvendo aspectos ou dimensões biológicas, socioculturais, éticas, econômicas e políticas. Para atingir meu objetivo, os estudantes precisão ultrapassar as limitações da abordagem unidisciplinar ou uniprofissional à solução de problemas. Ao longo do curso eles em geral conseguem mudar sua visão – se bem que para adotarem, muitas vezes, uma abordagem simplista, multiprofissional ou multidisciplinar.
A maioria ignora a diferença que existe entre complexidade e agregação e as diferenças essenciais entre propriedades coletivas e emergentes em sistemas complexos (Bergandi, 1995). Propriedades emergentes, em um determinado nível de complexidade (atômico, molecular, individual ou organismal, social, dos ecossistemas) não podem ser previstas, inferidas ou deduzidas das características dos componentes de um nível inferior. Figurativamente, isto é descrito como o todo sendo maior do que a soma das partes. Propriedades coletivas, ao contrário, surgem da soma das propriedades de suas partes componentes. A estrutura idade-classe de uma população, por exemplo, resulta da idade combinada de todos os indivíduos que constituem aquela população. Emergência, piorem, é uma propriedade de sistemas e surge das interações imprevistas dos seus componentes. Propriedades emergentes são ilustradas com a observação de Lavoisier, ao mostrar que não podemos predizer as propriedades da água a partir das propriedades dos átomos de oxigênio e hidrogênio, sem da soma dessas propriedades.
Para avaliação final de meus alunos eu peço que submetam um texto curto descrevendo um problema ou situação complexa e como ele é visto e abordado do ponto do seu ponto de vista profissional. O curso aceita mestrandos de todas as áreas profissionais. Em seguida, como esses problemas devem ser abordados do ponto de vista holístico da ecologia humana (veja o Anexo). Em geral, eles se mostram bem sucedidos em apresentar a análise reducionista da situação, seguida da visão mais complexa que envolve diversos aspectos que foram ignorados na descrição anterior.
Entretanto, muitos concluem que a solução está em se designar uma comissão multiprofissiol para se chegar a uma solução perfeita.
Moles (1995) nos advertiu contra as tentativas mal sucedidas de se tentar adquirir uma visão holística de uma situação complexa, consolidado relatórios independentes de vários profissionais de distintas áreas reunidos em uma comissão. A começar pela falta de uma linguagem comum. Termos técnicos com significados distintos e o jargão profissional impedem a comunicação e a livre circulação de idéias e informações. Por exemplo, o termo vetor significa coisas diferentes para um físico e um epidemiólogo. Alem disso, à medida que se especializam, os profissionais mostram cada vez menor disposição para aprender novos conceitos, princípios, teorias e métodos, alem de passarem a demonstrar um sentimento crescente de superioridade em relação a outras profissões. A apropriação do conhecimento por profissionais de distintas áreas conduz, com frequência, a feudos e ciúmes inter-profissionais. Quanto aos métodos, disse Moles:
“É uma fórmula comumente repetida... que estamos na era da “multidisciplinaridade” e que devemos trabalhar na transferência de métodos de uma disciplina a outra. Esta afirmativa não se contesta à luz da lógica científica uma vez que a ciência é única em termos de racionalidade, a despeito dos métodos particulares de cada domínio. Não há razão para que um método que se aplica em um domínio não seja, em princípio, aplicável... em um outro. Mas, na prática, esta bela afirmação permanece comumente no nível de votos piedosos... porque, segundo uma fórmula largamente usada na conversa entre cientistas, “Tudo está no todo, e vice-versa.”... Em resumo, a multidisciplinaridade só existe realmente no interior do cérebro de cada indivíduo...”
O curso da VUB tem como objetivo ensinar a desenvolver a habilidade e a capacidade de trabalhar como consultores e assessores políticos, a avaliar riscos, a coordenar estudos de impacto ambiental, a compreender problemas globais e a ajudar a encontrar soluções para problemas ambientais complexos. ((Funtowicz & Ravetz, 1994)). Os que obtêm o mestrado em Ecologia Humana devem estar aptos a identificar todos os aspectos relevantes de uma situação, pesar as contribuições e implicações de cada componente e encontrar o ponto de menor resistência, para intervir. Devem estar preparados para sugerir que ações devem ser imediatamente implementadas e onde uma intervenção pode ser bem sucedida, por ser economicamente viável, social e culturalmente aceitável, e ecologicamente correta. Neste momento, e só então, a busca por um profissional especializado para a tarefa designada deve ser empreendida.
Como Frase e Greehalgh (2001) bem ressaltaram:
“Descobrir como as coisas se interconectam é geralmente mais importante do que conhecer as peças. Os currículos tradicionais, baseados em uma taxonomia simplista e reducionista de disciplinas que visam à aquisição de fatos geralmente reforçam conteúdos sem ajudarem os estudantes a compreender as interrelações entre as partes.”
Para atingir tal objetivo é necessário abandonar a trilha batida em direção à especialização para se adquirir novas maneiras de compreender o mundo, juntamente com a capacidade de dominar conceitos e métodos das diferentes áreas do conhecimento.
A necessidade de uma visão holística
dos problemas complexos
Já em 1939 Clements e Shelford mostraram que a essência da ecologia reside na sua natureza sintética e ressaltaram que a tendência para a especialização no ensino e nos métodos de pesquisa estava provocando um efeito adverso, refletido na atitude hostil ou indiferente para uma abordagem que é vital para o estudo da ecologia humana.
Eles ressaltaram que: “os estudantes de ecologia continuarão a ser treinados primariamente como botânicos, zoólogos, sociólogos ou economistas, ainda por algum tempo – provavelmente enquanto os departamentos nas universidades forem estruturados nas bases atuais.”
Os comentários de Clements e Shelford aplicam-se a todos os campos do conhecimento transdisciplinar (ou multidisciplinar). Na maior parte dos casos, contudo, os profissionais de cada área consideram o campo de conhecimento como pertencente a ela adotando, em geral, uma atitude reducionista como reconheceu Bertalanffy (1968).
O conhecimento especializado tem sua importância própria. A partir da Revolução Científica, a tendência à especialização tem sido evidente e necessária. A definição de disciplinas e a demarcação de domínios profissionais independentes, iniciada no século XVII, seguiram-se à profissionalização dos cientistas e o advento das Academias de Ciências com suas publicações, na Itália, França, Inglaterra e Alemanha. Chegou às universidades através da criação de cadeiras, departamentos e currículos especializados. A especialização foi levada a extremos. Finalmente, com o surgimento de áreas intermediárias como a físico-química no século XIX, as fronteiras artificiais entre os distintos campos do conhecimento foram questionadas, mas apenas para serem criados novos campos de especialização.
Recentemente, epistemólogos e filósofos da ciência começaram a se dar conta do rico potencial epistemológico oferecido pela extensão e aplicação de teorias e de métodos de uma área para outra. A aplicação, por Pasteur, de seus conhecimentos de cristalografia para elucidar o mecanismo das fermentações e, mais tarde, para desvendar a natureza das infecções constitui um bom exemplo.
Uma literatura abundante sobre criatividade em ciência crescendo desde então, como mostrado por Moles (1956). Criatividade é mais do que invenção e geralmente resulta de um raciocínio analógico.
Nos anos que se sucederam à Segunda Guerra Mundial observamos uma mudança considerável nas relações entre ciência e sociedade, como mostrado por Price (1954) e Snow (1960), muito alem do que predisse Francis Bacon (1620) ao declarar que conhecimento é poder. A ciência adquiriu uma dimensão política. Haskins (1965) mostrou que, quando foram fundadas as primeiras associações científicas na Europa, suas relações eram com uma sociedade pré-industrial. Atualmente a industrialização e a urbanização progressivas transformaram a própria natureza da ciência e, em consequência, mudaram as estruturas e os valores sociais e filosóficos. Da busca pela verdade, a ciência adquiriu a imagem pública da própria verdade. A pesquisa tecnológica e industrial abriu novas possibilidades ao progresso e conforto, e o homem comum passou a esperar dos cientistas as respostas para todas as dúvidas e questões.
A aplicação das leis e princípios para a solução de problemas pragmáticos e desenvolver novas tecnologias exigia muito tempo, mas tempo suficiente para permitir a avaliação dos seus efeitos e preparar para as mudanças que trariam à sociedade em geral. Esta defasagem reduziu-se e os impactos passaram a ser sentidos imediatamente. Novas idéias difundem-se com rapidez graças à revolução nos meios de comunicação. Os ganhos financeiros por trás deles trouxeram uma nova revolução industrial cujos resultados se fazem sentir em todo o mundo, graças à globalização do consumo de massa. Produtos tornam-se obsoletos e ultrapassados em pouco tempo. A pesquisa industrial e tecnológica ocupa, atualmente, um papel importante na sociedade – que confunde ciência de tecnologia - e são responsáveis por aspectos novos de desenvolvimento social e político. Um dos exemplos contemporâneos foi o desenvolvimento das pílulas anticoncepcionais. Na década de 1960, uma revista mensal, nos Estados Unidos, trouxe um interessante artigo onde o autor especulava que mudanças sociais adviriam da produção em massa de pílulas seguras e custando o mesmo que uma aspirina. Outro exemplo recente é o da internet.
Como resultado, o impacto do homem sobre os ambientes naturais e sociais demanda uma nova ética, que leve a um desenvolvimento sustentável (Avila-Pires et al., 2001).
Currículos universitários são ineficientes para desenvolver as habilidades necessárias à formação em ecologia humana. A falácia das “duas culturas” - científica e humanística – criticada por Snow (1959) encontra-se na raiz dos nossos problemas atuais e Aldous Huxley (1962) descartou nossos desajeitadas esforços na tentativa de resolvê-los ao escrever:
“Sua cura para demasiada especialização é a da criação de alguns cursos de humanidades.... Mas não nos enganemos com o nome.... Eles são simplesmente uma outra forma de especialização, no nível simbólico.”
Os problemas na vida real raramente são simples e os problemas que resultam das interações do homem com os fatores do meio ambiente, nunca o são. Em 1977, Maldague explorou essa questão em detalhe, para concluir que o que nós precisamos é preparar especialistas de mente aberta. Realmente, o que precisamos é de menos gente dizendo o que nós precisamos e mais especialistas explicando como atingir nosso objetivo de criar a transdisciplinaridade e não de tentar defini-la.
O caso particular da Ecologia Humana
Nenhum método polivalente ou multiuso ou instrumento de pesquisa permite a análise multivariada necessária para a busca de soluções para problemas que confrontam e desafiam a ecologia humana. Esses problemas resultam de uma interação de fatores, alguns deles quantificáveis, outros dependentes do comportamento de indivíduos isolados e em sociedade. Como resultado, a formação em ecologia humana deve partir de profissionais de diferentes áreas, buscando complementar seus conhecimentos especializados com o aprendizado de princípios fundamentais, métodos e técnicas de análise utilizados nas ciências ditas exatas, naturais e sociais ou humanas.
Essa formação permite o exercício da análise de um problema levando-se em conta todas as suas dimensões. Esse profissional de ecologia humana estará capacitado a traçar uma imagem compósita do ambiente natural, dos padrões climáticos, da estrutura da biota, da complexidade das comunidades humanas e das subcomunidades envolvidas, sua estrutura social, instituições, padrões culturais, antecedentes históricos, imperativos econômicos e limitações de caráter político. Deve evitar idéias especulativas falaciosas como as ditadas pelo determinismo e pelo catastrofismo ecológicos. Em resumo, traçar uma imagem holística do problema.
Neste momento, deverá buscar a contribuição de especialistas para aprofundar as análises preliminares e suplementar seus dados, mas para isso precisa saber comunicar-se com cada um deles, fazer as perguntas adequadas e compreender as respostas.
Quando abordar um problema particular, deve iniciar sua análise do ponto de vista de seu conhecimento profissional de origem. Mas precisa ultrapassar as barreiras e limitações de seu campo de conhecimento original para chegar a um quadro da situação em toda sua complexidade. Para isso precisa aprender os métodos e paradigmas dos campos distintos do conhecimento. Não se espera que se torne um sociólogo, um economista, um biólogo e um matemático ao mesmo tempo, mas precisa aprender o essencial para ser capaz de avaliar as diferentes facetas e implicações do problema.
Ele deverá estar preparado para identificar o papel e o peso relativo de cada fator e de reconhecer o elo mais fraco em uma cadeia de eventos, onde a intervenção trará os resultados desejados. O esboço final resultante de sua análise deve evidenciar as relações sinérgicas e recíprocas dos fatores e não um mosaico de elementos independentes. Na função de ecólogo, sua preocupação principal deverá ser mais com as interrelações dos distintos fatores do que com a listagem e descrição de cada um deles isoladamente. Neste momento, poderá identificar e buscar um especialista para recomendar a solução.
Finalmente, minha conclusão é de que estamos longe de reconhecer que problemas em ecologia humana são propriedades emergentes de sistemas complexos e não apenas propriedades coletivas, ou seja, resultantes da soma de visões parciais de áreas profissionais distintas. Por isso, precisamos desenvolver estratégias pedagógicas que nos permitam atingir nossos objetivos.
Ensinar uma classe multiprofissional, multinacional e multicultural tem suas vantagens. Os estudantes lucram com a oportunidade de uma rica troca de experiências, conhecimentos, tradições culturais e sociais variados e visões distintas do mundo.
Em classe, organizo pequenos seminários onde os alunos discutem problemas – partes de seus próprios projetos de tese, por exemplo, e os demais discutem o tema a partir de seus pontos de vista profissionais, e de suas tradições culturais. Fica evidente que soluções viáveis em um país ou região podem ser ilegais em outros, culturalmente aceitáveis para uns, mas não para outros.
Fica fácil de compreender que as soluções propostas devem ser legais, economicamente viáveis, social e culturalmente aceitáveis e ecologicamente corretas.
Tenho evitado perder tempo nas disputas intermináveis nas tentativas de definir e distinguir multidisciplinaridade de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Mas estou convencido de que encontrei um caminho para implementar o que quer que se queira definir como tal.
REFERÊNCIAS
Avila-Pires, F.D.; L.C.Mior; V.P.Aguiar; e S.R.Schlemper (2001). The concept of sustainable development revisited. Found.Sci., 5:261-268.
Bacon, F. (1620). Novum Organum. [James Spedding, et. al.,Works and Letters and Life (14 volumes, Londdres, 1857- 1874), republicado em facsimile (Stuttgart, 1989).
Bergandi, D. (1995). "Reductionist holism", na oxymoron or a philosophical chimera of E.P.Odum's, system's ecology. Ludus Vitalis, 3(5):145-179.
Bertalanffy, L.v. (1968). General System Theory. N.York: G.Braziller.
Clemments, F. and V. Shelford (1939). Bio-ecology. N.York: John Wiley.
Fraser, S. and T. Greenhalgh (2001). Coping with complexity: educating for capability. British Medical Journal, 323:799-803.
Funtowicz, S.J. & J.R.Ravetz (1994). Uncertainty, complexity and post normal science. Environmental Toxicology and Chemistry, 13(12):1881-1885.
Haskins, C.P. (1965). The changing environments of science. Procceedings of the American Academy of Arts and Sciences. 94(3):682-712.
Huxley, A. (1962). Island. London: Chatto and Windus.
Maldague, M. (1977). L'étude de lénvironnement dans la formation des spécialistes. In UNESCO (ed.) Tendances de l'éducation relative à l'environnement. Paris: UNESCO.
Moles, A. (1956). La création scientifique. René Kister: Paris.
Moles, J. A. (1995). Les sciences de l'imprécis. Seuil, Paris.(Há tradução para o português, mas não a recomendo, por conter erros e omissões, incluindo frases sem sentido).
Price, D.K. (1954). Government and science. N.York University Press, N.York.
Snow, C.P. (19659, 1963). The two cultures: a second look. Cambridge Univ. Press (Há tradução para o português).
NOTA
(1) A versão em inglês deste texto foi publicada na Rev.bras.Pós Grad., 4(8):217-226, 2007. CAPES.
Fernando Dias de Avila-Pires é Pesquisador Titular do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. Vrije Universiteit Brussel, Department of Human Ecology, Brussels, Belgium.
E-mail: favila@matrix.com.br
ANEXO
As normas para apresentação dos trabalhos e sua avaliação são as seguintes:
Write a short statement comparing how to approach a problem from the traditional uni-professional point of view and how it should be approached from the point of view of the human ecologist. Problems in real life are complex and they must be understood in all its complexity.
It is your own analysis and arguments that will be evaluated.
It is expected that you have learned during the course of lectures to approach a problem in a holistic way, by taking into consideration all relevant aspects, including those which are not pertinent to your own professional field of expertise. Remember that you are not describing the problem as a professional expert in a given field or profession, but as a policy maker, a general consultant or an analyst.
Choosing a topic:
1. Select a problem you are familiar with.
2. Avoid wide-angle analysis of "great questions" like: the destruction of tropical forests, the ozone layer, the melting of polar caps or the greenhouse effect.
3. Begin as journalists usually do, by answering the questions "what, when, where" in relation to the problem you have chosen. Describe how a person with your own professional backgroung would suggest a way of solving it. Then, how it will appear in all its complexity and what you would suggest, as a human ecologist, in your role of decision-maker.
4. Evaluate carefully your sources of information (primary, secondary, tertiary). Give full bibliographic references.
5. Avoid common sense and try to find new angles or original points of view which are characteristic of the un-common sense of the scientific interpretations.
6. If you present a solution it must be legal, economically viable, socially and culturally acceptable and ecologically sound. You are not required to offer solutions, but to highlight all important issues that must be considered to approach the problem its full complexity.
7. Never "cut and paste" loose paragraphs from published materials (books, articles, reports), trying to link disjointed opinions gleaned from secondary or tertiary sources. Forget the xerox machine.
A manual for Panamerican Health Orgazization consultants advised against reccomendations that required social or cultural changes, drastic bureocratic reorganizations, or profound political reforms at a national or regional level. You must search for viable solutions under current local conditions.
Grade ratings
18-20 - Your paper is outstanding, original, well written, the arguments are sound, and you succeeded in presenting an overall picture of the problem you chose.
15-17 - You did a good job, but could have presented better arguments or a finer analysis.
12-14 - You have possibly chosen a problem you don't know well, or failed to see it in a holistic way.
9 - 11 - You did not chose a suitable subject, or did not meet the requirements.
Fail - Try again.
You may improve your grade by discussing your paper or re-doing it.
Write to my e-mail: favila@matrix.com.br